XXVI Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fósseis


MINERAIS DOS FUNDOS MARINHOS

Os minerais dos fundos marinhos são uma das grandes sensações da ciência na actualidade. A Humanidade vira-se para os fundos marinhos, na esperança de que estes contribuam para eliminar, ou minorar, as situações de escassez de fornecimento que se verificam para muitos recursos naturais. Países como o nosso, a braços com uma grave crise, mas detentores de vastas áreas de Zona Económica Exclusiva (ZEE) e de Extensão da Plataforma Continental (ZEPC), estão na linha da frente dos interessados.
Alguns recursos são conhecidos há muito tempo (nódulos e crostas manganesíferas) e atapetam vastas áreas dos fundos marinhos. Recentemente, estão a ser descobertas crostas deste tipo em áreas sob jurisdição portuguesa. São compostos por minerais que incluem vernadite, todorokite, asbolane, feroxyhyte, carbonato-fluorapatite, e muitos outros. Raros em terra, daqui a poucos anos serão tão comuns como a pirite ou a calcopirite.
Outros recursos, como os sulfuretos maciços, formam-se nos fundos marinhos, mas podem conservar-se e posteriormente aparecerem expostos em terra, incluídos em formações geológicas que já foram, há muitos milhões de anos, fundo de mares entretanto desaparecidos, como acontece no Sul de Portugal, onde encontramos as minas de S. Domingos, Lousal, Aljustrel e Neves-Corvo, com cerca de 350 milhões de anos de idade, das mais importantes do grupo a que pertencem. São jazigos de classe mundial.
A última grande descoberta nos fundos marinhos foi no Pacífico, há cerca de um ano. Uma equipa de investigadores japoneses demonstrou a existência de vastíssimas áreas em que os sedimentos marinhos, de aspecto trivial, contêm quantidades exploráveis de terras raras e ítrio, elementos de alta tecnologia, relativamente escassos em terra, que muita tinta têm feito correr. Esta descoberta poderá revolucionar a extracção e até as aplicações das terras raras.
O MNHN está a preparar uma grande exposição sobre estes assuntos, na qual temas como os minérios, e outros recursos (energéticos e microrganismos) da ZEE e ZEPC serão abordados, das jazidas conhecidas desde 1992 (na região MOMAR), às descobertas mais recentes, em 2011, incluindo o campo Moytirra. Por agora a XXVI Feira constitui-se como mensageira, não só da exposição, mas também de uma das maiores esperanças de progresso e bem estar para o nosso país.

HORÁRIO:
6 Dezembro | 15.00 h às 20.00 h
7, 8 Dezembro | 10.00 h às 20.00 h 
9 Dezembro | 10.00 h às 18.00 h

LOCAL:
MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA
Rua da Escola Politécnica, 60. 1250-102 Lisboa



Para mais informações: XXVI Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fosseis

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