Os minerais dos fundos marinhos são uma das grandes
sensações da ciência na actualidade. A Humanidade vira-se para os fundos
marinhos, na esperança de que estes contribuam para eliminar, ou
minorar, as situações de escassez de fornecimento que se verificam para
muitos recursos naturais. Países como o nosso, a braços com uma grave
crise, mas detentores de vastas áreas de Zona Económica Exclusiva (ZEE)
e de Extensão da Plataforma Continental (ZEPC), estão na linha da
frente dos interessados.
Alguns recursos são conhecidos há muito tempo
(nódulos e crostas manganesíferas) e atapetam vastas áreas dos fundos
marinhos. Recentemente, estão a ser descobertas crostas deste tipo em
áreas sob jurisdição portuguesa. São compostos por minerais que incluem
vernadite, todorokite, asbolane, feroxyhyte, carbonato-fluorapatite, e
muitos outros. Raros em terra, daqui a poucos anos serão tão comuns
como a pirite ou a calcopirite.
Outros recursos, como os sulfuretos maciços,
formam-se nos fundos marinhos, mas podem conservar-se e posteriormente
aparecerem expostos em terra, incluídos em formações geológicas que já
foram, há muitos milhões de anos, fundo de mares entretanto
desaparecidos, como acontece no Sul de Portugal, onde encontramos as
minas de S. Domingos, Lousal, Aljustrel e Neves-Corvo, com cerca de 350
milhões de anos de idade, das mais importantes do grupo a que
pertencem. São jazigos de classe mundial.
A última grande descoberta nos fundos marinhos foi
no Pacífico, há cerca de um ano. Uma equipa de investigadores japoneses
demonstrou a existência de vastíssimas áreas em que os sedimentos
marinhos, de aspecto trivial, contêm quantidades exploráveis de terras
raras e ítrio, elementos de alta tecnologia, relativamente escassos em
terra, que muita tinta têm feito correr. Esta descoberta poderá
revolucionar a extracção e até as aplicações das terras raras.
O MNHN está a preparar uma grande exposição sobre
estes assuntos, na qual temas como os minérios, e outros recursos
(energéticos e microrganismos) da ZEE e ZEPC serão abordados, das
jazidas conhecidas desde 1992 (na região MOMAR), às descobertas mais
recentes, em 2011, incluindo o campo Moytirra. Por agora a XXVI Feira
constitui-se como mensageira, não só da exposição, mas também de uma
das maiores esperanças de progresso e bem estar para o nosso país.
HORÁRIO:
6 Dezembro | 15.00 h às 20.00 h
7, 8 Dezembro | 10.00 h às 20.00 h
9 Dezembro | 10.00 h às 18.00 h
LOCAL:
MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA
Rua da Escola Politécnica, 60. 1250-102 Lisboa
Para mais informações: XXVI Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fosseis
MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA
Rua da Escola Politécnica, 60. 1250-102 Lisboa
Para mais informações: XXVI Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fosseis
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